segunda-feira, 5 de março de 2012

JESUS


Há tanto que podemos falar sobre Jesus. Mas ao mesmo tempo que uma avalanche de informações nos vem à mente, um branco quase total, também aparece. É como se não nos fosse possível resumir, no vocabulário limitado que temos, a grandeza e a luminosidade que é este Espírito. Ou melhor dizendo, nós até conseguimos copiar algumas definições belas, em inúmeras obras. Mas, sentimos mesmo a dificuldade quando tentamos representar, por pouco que seja, a sensação que algumas pessoas tiveram de estar na presença do Mestre. Pedimos licença para citar uma música do sacerdote católico Pe. Fábio de Melo que diz em uma de suas estrofes:
“Eu fico tentando compreender, o que nos teus olhos pôde ver, aquela mulher na multidão, que já condenada, acreditou que ainda havia uma opção, que ainda havia o que fazer, e ao se prender no seu olhar, decerto haveria de vencer.”

Que ternura não devia emanar daquele homem... Que sensação de paz não deviam sentir  as pessoas ao seu redor... Que doçura devia ter a sua voz, o seu falar, a inflexão toda especial que ele colocara ao falar no íntimo de cada um, que fazia com que cada indivíduo percebesse que falava diretamente consigo. Foi assim com Madalena, que o reconheceu na alvorada da ressurreição; com Pedro, amargurado por tê-lo negado por três vezes; com Judas, que foi por ele confortado no plano espiritual; com Paulo de Tarso, na estrada de Damasco; com Francisco de Assis, no caminho para as cruzadas; com Allan Kardec, no advento do Espírito de Verdade; com Chico Xavier em seu mandato mediúnico; com Teresa de Calcutá, em cada um dos pobres que acolhia; a lista vai longe.
Encontramos em Emmanuel, no livro Há 2000 anos, o primeiro encontro dele, então encarnado como o orgulhoso senador romano Públio Lentulus, com Jesus. O orgulho e a vaidade, característicos da aristocracia romana da época, impediram que este primeiro encontro rendesse os frutos necessários à modificação daquele espírito, mas mesmo assim, marcas profundas foram gravadas na intimidade daquela criatura. Eis o trecho do livro onde o senador descreve a primeira visão de Jesus:

diante de seus olhos ansiosos, estacara personalidade inconfundível e única. Tratava-se de um homem ainda moço, que deixara transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava de sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.”

E o mesmo Emmanuel, agora no plano espiritual, nos diz, quase 2000 anos depois, mais precisamente no ano de 1940, no livro “O Consolador”, através da mediunidade de Chico Xavier:
Enviado de Deus, Ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados de seu amor e de sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida do infinito.”

O próprio Cristo dizia isso, nas seguintes palavras:

Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; importa que eu as traga. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor..” (jo. 10 :11-18)
E quantos benefícios tem recebido aqueles que já procuram ouvir a voz desse pastor divino. Quantos esclarecimentos tem recebido aqueles que, abraçando o espiritismo, que é a mensagem do Cristo rediviva, compreendem a mensagem de Jesus. Quanto consolo tem recebido aqueles que resolvem, após tantas tentativas, estudar e pôr em prática os ensinamentos evangélicos.

E não poderia ser de outra forma. Para cada abismo em nossa vida, Jesus nos estende uma ponte segura. Quando nos sentimos sozinhos e vemos a imensa onda de problemas querer se abater sobre nós, o Mestre ergue-se na embarcação de nosso coração e, tal qual o fez com os discípulos no mar de Genesaré,  acalma a tempestade, nos estimulando: “tende coragem, Eu venci o mundo!”
E quando nos assaltam dúvida sobre qual caminho seguir, Ele é enfático: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”
E se mesmo buscando a luz de seus esclarecimentos, sentimos os efeitos da incompreensão aqueles que nos cercam, Jesus nos aconchega em seu colo e sussurra. baixinho em nosso ouvido: “Bem aventurados sois vós, quando fores perseguidos e caluniados por causa de Meu nome.”
A ti, Divino Amigo, Irmão Maior e paz de nossas vidas, o nosso sincero agradecimento e nossa humilde súplica: ajuda-nos a vencer as batalhas que travamos contra nós mesmos, auxilia-nos a te guardar em nosso coração, fazendo de nós, seres melhores, dignos de teu amor.