sábado, 2 de agosto de 2014

CONFESSAR O MESTRE



“E digo-vos que tudo aquilo que me confessam diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará, diante dos anjos de Deus”.
Jesus – Lucas 12 - 8

Muitos companheiros de labor evangélico supõem que confessar o Mestre se resumirá tão somente à uma profissão de fé por intermédio das palavras.
Para a demonstração de que aderimos sinceramente a Jesus, bastaria subir à uma tribuna ou discutir, acaloradamente, com alguns amigos que ainda não conseguem compreender?
Semelhante confissão tem sido o objetivo da maioria dos discípulos, através dos tempos, mas uma atitude desassombrada é uma das faces da realização, sem constituir, porém, o seu precioso conjunto.
Confessar o Cristo, diante dos homens, é revelar-lhe a Luz e o Poder em ações de amor e desprendimento que os homens vulgares ainda não conhecem.
Não será instituir convicções apressadas nos outros, mas pautar a vida em plano superior e diferente, de sorte que os espíritos mais frágeis ou levianos possam encontrar, junto de nossa alma, algo de mais elevado que não sentem noutros lugares e situações do mundo.
Não é fácil revelar Jesus entre as comunidades terrestres, quando sabemos que Ele próprio foi por elas conduzido à cruz do martírio, mas é dessa confissão que a Sua palavra persuasiva nos fala no Evangelho da Verdade e do Amor.
É justo se precate o discípulo contra o perigo de uma obsessão verbal, sem a participação de suas energias interiores.

O Senhor deseja ser confessado pelos seus continuadores nas estradas do mundo, mas esse ato não será apenas por palavras e, sim, por todas as demonstrações vivas do coração.
Emmanuel.

(Do livro "Mentores e Seareiros, diversos espíritos, psicografia de Chico Xavier, FEB)