sexta-feira, 13 de maio de 2016

O NÃO E A LUTA



Seja o teu falar: sim, sim; não, não.”

Ama, de acordo com as lições do Evangelho,
mas não permitas que o teu amor se converta em grilhão,
impedindo-te a marcha para a vida superior.
Ajuda a quantos necessitam de tua cooperação,
entretanto, não deixes que o teu amparo possa criar perturbações e vícios para o caminho alheio.
Atende com alegria ao que te pede um favor,
contudo, não cedas à leviandade e à insensatez.
Abre portas de acesso do bem estar aos que te cercam,
mas não olvides a educação dos companheiros para a felicidade real.
Cultiva a delicadeza e a cordialidade, no entanto,
sê leal e sincero em tuas atitudes.

O “sim” pode ser muito agradável em todas as situações,
 todavia, o “não”, em determinados setores da luta humana, é mais construtivo.
Satisfazer a todas as requisições do caminho é perder tempo e, por vezes, a própria vida.
Tanto quanto o “sim” deve ser pronunciado sem incenso bajulatório,
O “não” deve ser dito sem aspereza.
Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca;
urge reconhecer, porém, que a negativa salutar jamais perturba.
O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada.
As maneiras, na maior parte das ocasiões, dizem mais que as palavras.
“Seja o vosso falar: sim, sim; não, não”, recomenda o Evangelho.
Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de mel ou de fel.

Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer.

(Do livro PÃO NOSSO, Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, FEB)

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